OROBORO
premiere junho 2013 - Sala Olido, São Paulo - Brasil
Palavra de origem grega, cujo símbolo é representado por uma serpente que morde a própria cauda, Oroboro revela uma imagem sem começo ou fim. “É um palíndromo, ou seja, uma palavra que pode ser lida de trás para a frente, sem perder sua pronúncia e transmite a ideia de algo cíclico, o qual sempre remete ao início”, diz o coreógrafo.
O trabalho trata da infância e da velhice, dois lugares distantes e, ao mesmo tempo, próximos. “As crianças e os idosos têm características parecidas e na nossa sociedade ‘adulta’ são tratadas como faixas à margem. Não tentei dramatizar, mas tratar esses estados como algo próximo um do outro”, revela Soares.
A trilha é do contrabaixista Célio Barros, que procura evocar, por meio da música, lembranças escondidas. Em alguns momentos, é tocada ao vivo pela violoncelista Patrícia Ribeiro. “Alguns estudos científicos indicam que a música está associada às memórias mais vívidas de uma pessoa. Essa área do cérebro parece servir de centro que liga música conhecida, memórias e emoções”, afirma Soares.
O retorno à infância, as relações entre as memórias vividas, afetivas ou não, percorrem o tema da obra.Com tal premissa, Oroboro toca em questões da existência, como a presença e a ausência, que muitas vezes fogem ao nosso controle.
O projeto foi contemplado pela 13ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança - SP.

Concepção e coreografia
ALEX SOARES e PAULA ZONZINI
Assistencia de ensaios
SAMUEL KAVALERSKI
Elenco (estréia)
ANDRE LIBERATO
NATACHA TAKAHASHI
ICARO FREIRE
IRUPÉ SARMIENTO
LUIZ OLIVEIRA
ANTONIO MARQUES
PAULA SOUSA
Trilha Sonora composta
CELIO BARROS
Violoncelo
PATRICIA RIBEIRO ou LEONARDO SALLES
Figurinos e Fotografia
CASSIANO GRANDI
Desenho de Luz
ROSSANA BOCCIA
Cenografia
MULTIPLO
7 intérpretes e 1 violoncelista
Duração 60min